Resumo Este artigo argumenta que Organizações da Sociedade Civil (OSCs) associadas ao trabalho imaterial podem ser alternativas favoráveis aos modos de trabalhar e de viver de refugiados. Apresentou-se e analisou-se a atuação de três OSCs - voltadas ao teatro, artesanato e gastronomia -, direcionadas à integração social e laboral de refugiados, tendo por base a valorização de seus savoir-faire e background étnico. Adotou-se o método cartográfico para a pesquisa exploratória qualitativa. A produção e colheita de dados remeteram à interação com gestores, refugiados, produtos e serviços das OSCs. Consideraram-se três eixos de análise: (i) apresentação do território cartografado; (ii) modos de atuação de OSCs - aprender/ensinar, (co)produzir/expor(-se); e (iii) (re)inventar(-se) (co)operando em rede. Os resultados indicam que, em que pesem novas formas globais de sujeição, as OSCs associadas ao trabalho imaterial forjam e sustentam uma rede de cooperação social, afetiva, produtiva e emancipatória. Essa rede protege o trabalho da vampirização do capital e desdobra-se em oportunidades para refugiados em que trabalho e vida se entrelaçam.
Abstract This article argues that Civil Society Organizations (CSOs) associated with immaterial labor can be favorable alternatives to refugee ways of working and living. We present and analyze the performance of three CSOs - in the areas of theater, handicraft, and gastronomy - aimed at the social and labor integration of refugees, based on the valorization of their savoir-faire and ethnic background. The cartographic method was adopted for qualitative exploratory research. The production and collection of data took place through interaction with managers, refugees, and products and services of the CSOs. Three axes of analysis were considered: (i) presentation of the mapped territory; (ii) CSOs modes of action - learning/teaching, (co)producing/exposing (oneself); (iii) (re)invent (oneself) by (co)operating in a network. The results indicate that, despite new global forms of subjection, CSOs associated with immaterial labor, forge and sustain a network of social, affective, productive, and emancipatory cooperation. This network protects work from the vampirization of the capital and becomes opportunities for refugees in which work and life are intertwined.
Resumen En este artículo se sostiene que las organizaciones de la sociedad civil (OSC) asociadas con el trabajo inmaterial pueden ser alternativas favorables a las formas de trabajo y de vida de los refugiados. Se presentó y analizó la actuación de tres OSC - en las áreas de teatro, artesanía y gastronomía -, orientadas a la integración social y laboral de los refugiados. El método cartográfico se adoptó para la investigación exploratoria cualitativa. La producción y recopilación de datos se refería a la interacción con gestores, refugiados, productos y servicios de las OSC. Se consideraron tres ejes de análisis: (i) presentación del territorio cartografiado; (ii) modos de actuación de las OSC - aprender/enseñar, (co)producir/exponer(se) -; y (iii) (re)inventar(se) (co)operando en red. Los resultados indican que, a pesar de las nuevas formas mundiales de subordinación, las OSC asociadas al trabajo inmaterial forjan y sostienen una red de cooperación social, afectiva, productiva y emancipadora. Esta red protege la mano de obra de la vampirización del capital y se despliega en oportunidades para los refugiados para los cuales el trabajo y la vida están entrelazados.